Aproveitamento de resíduos da indústria do biodiesel
Aproveitamento de resíduos da Indústria do Biodiesel
Data de Entrega: 25 de junho de 2012
1. Introdução
Grande parte de toda a energia consumida no mundo provém de fontes nãorenováveis e onerosas ao meio-ambiente: petróleo, carvão mineral e gás natural. Dentre tais fontes, o petróleo é a mais usada, seguida do carvão mineral e, por último, do gás natural. O apelo ambiental somado as constantes flutuações na economia (aumento do preço do petróleo, por exemplo) tem estimulado a busca por fontes alternativas de energia renováveis e menos impactantes ao meio-ambiente. (1) O biodiesel, combustível renovável constituído de uma mistura de ésteres de ácidos graxos de cadeia longa, de origem vegetal ou animal, tem sido apontado como uma atraente alternativa ao óleo diesel de origem fóssil – proveniente do petróleo – para uso em motores de ignição-compressão e combustão interna. Dada sua ampla biodiversidade e clima diversificado, o Brasil possui elevado potencial para a produção de biodiesel. As mais diversas fontes de óleos vegetais são cultivadas em nosso país. Na região Nordeste, há destaque para a mamona, o buriti, o pinhão-manso, o girassol, o babaçu, entre outras. O cenário favorável tem impulsionado a formação de um parque industrial para produção de biodiesel em locais com condições econômicas, social e ambiental favoráveis, o que trouxe um desafio para indústrias de componentes químicos que têm
como parte de seu portfólio a produção de glicerina (2). Tal desafio está atrelado ao fato de que, atualmente, o método industrial mais utilizado para a produção de biodiesel envolve a reação de transesterificação de óleos – vegetais ou animais – com álcoois de cadeia curta – metanol ou etanol – catalisada em meio básico – KOH ou NaOH. Nesse método de produção, grandes quantidades de glicerina são geradas como subproduto reacional, devendo