APRISIONAMENTO FEMININO
APRISIONAMENTO FEMININO: A INVISIBILIDADE DAS INVISÍVEIS
Marisa Andrade - Programa de Pós-Graduação em Serviço Social – PUCSP
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho teve por objetivo desenvolver atividades culturais com as mulheres presas na Penitenciária Feminina do Tatuapé – SP, desde 2000 até o ano de 2005. A unidade prisional que antes era habitada por adolescentes infratores (FEBEM), os mesmos foram transferidos e o local condenado por sua péssima infra-estrutura conforme avaliação de engenheiros da prefeitura na época. No Brasil a grande maioria das unidades prisionais é masculina “transformada” em unidades femininas.
Nossa intenção foi trabalhar com esse grupo social a partir de suas próprias subjetividades, refletir com as mesmas sobre suas condições de vida antes de irem para a prisão, para então refletirmos o processo mais amplo, a situação da sociedade “globalizada” e suas consequências, nada melhor que a arte e a partir das habilidades pessoais de cada uma, para abordar questões tão complexas, dentro de um espaço complexo. Intentou-se ainda dar visibilidade à situação dessas mulheres que se encontravam privadas de sua liberdade, refletindo junto à sociedade as condições de vida desse grupo social.
Concomitantemente trabalhamos com dois perfis de pessoas que fazem parte de um só, do gênero humano e apresentar a ambos que sem abertura para o diálogo, para a acolhida do outro não viveremos a justiça.
MÉTODOS:
Durante cinco anos a equipe semanalmente adentrou as dependências da unidade prisional e organizou junto às mulheres presas diversas atividades, tais como: Oficinas sobre cidadania (direitos e deveres); passávamos Filmes os quais eram debatidos ao final; Palestras
(Cidadania, Gênero, Direitos e Deveres, Saúde da Mulher, Higiene, Cuidados com o corpo, DST e outros); Teatro, Coral, formamos um grupo que ensaiava várias musicas inclusive em outros idiomas e se