Psicologia
Atualmente vemos o quanto há de gastos para se melhorar a aparência, criando aparências perfeitas, corpos perfeitos que são dispositivos da sexualidade que traçam um caminho para o desejo do sexo. Sexo e sexualidade são pensados de forma distinta em determinadas épocas, por exemplo, na época de nossos avós, era diferente da época de nossos pais, que é diferente de nossa época, a sexualidade muda conforme os diferentes processos históricos e suas relações sociais. As práticas de sexualidade induzem ao desejo sexual, o problema é a forma como esse desejo é posto, como uma necessidade, que é mais pautada pelo gênero masculino, pois, a forma binaria do sexo (masculino e feminino) como uma relação entre corpos para se apropriar e corpos a ser apropriado, o que estigmatiza a hierarquia e a dominação masculina. Não existe uma relação de um corpo complementar o outro, o que existe é uma grande divisão das formas da sexualidade, colocando o sexo feminino como o elo mais fraco da corrente, isso é construído socialmente, essa ideia de posse e dominação do homem. Através dessa ideia biológica, a mulher é tratada apenas como um corpo para o desejo sexual do homem, além de ter como função a maternidade e a proteção. Essa forma biológica de se pensar a sexualidade, nos é colocada desde a época de nossa infância, onde colocam o sexo feminino como o sexo frágil, que não tem voz e vez em nossa sociedade, onde o nível de hierarquização entre homens e mulheres é extremamente desigual, isso faz parte dos aparatos políticos de poder colocados por essa ideologia dominante, onde as mulheres perdem sua participação no campo político e histórico de atuação. A autora com o desenrolar do texto, vai explicar como esse processo de dominação e poder do homem é colocado na ideia de construção do feminino com a ajuda de dois dispositivos: a heterossexualidade compulsória e o dispositivo amoroso. A heterossexualidade compulsória é colocada quando a