“Aprendendo antropologia” marcos para a história
“Aprendendo Antropologia” Marcos para a história, páginas 25 à 28.
Capitulo 1
A pré-história da Antropologia: a descoberta das diferenças pelos visitantes do século e a dupla resposta ideológica dada daquela época até nossos dias.
Laplantine inicia abordando sobre uma reflexão que o Renascimento traz consigo na época do descobrimento do Novo mundo. A partir daí tenta-se explicar se os índios poderiam pertencer à humanidade já que o critério utilizado na época era o religioso, ou seja, poderia o selvagem ter alma? (p. 25)
Surgem duas ideologias concorrentes então, as quais consistem em uma simetria invertida da outra. São elas: a recusa do estranho apreendido a partir da falta e cujo corolário é a boa consciência que se tem sobre si e a sua sociedade e a fascinação pelo estranho cujo corolário é a má consciência que se tem sobre a sociedade. (p. 26)
A contradição dessas duas ideologias gera um debate que se tornou uma controvérsia pública entre o dominicano Las Casas e o jurista Sepulvera.
Las Casas defende a ideia dos índios como não selvagens, na qual afirma que eles ainda se organizam em aldeias, possuem ordem política e superam as nações europeias com suas virtudes morais. (p. 26)
Opondo-se a ele, Sepulvera defende que os índios são servos da natureza e é justo que sejam submetidos ao império das nações mais cultas e humanas, sendo somente assim considerados não selvagens e pertencentes a uma cultura mais digna e virtuosa. Ele ainda afirma que se os índios recusarem submissão a esse império pode ser a usada a força de armas e da guerra para impor virtude a estes que não tem. (p. 27)
1.1 A figura do mau selvagem e do bom civilizado.
A diversidade humana das sociedades não aparece ao homem nem como um fato, mas sim como uma aberração que deve ser justificada, ou seja, se exclui da sociedade aqueles que não se encaixam nos padrões. (p. 27)
No século XIV além do critério religioso surgem outras explicações para