apostila de psicologia e direito
2013/01
UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO
1.1) HISTÓRICO DA CONSTITUIÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
Estudiosos vêm tentando compreender o pensamento, as emoções e o comportamento humano em geral desde os primórdios da história registrada. Seus esforços têm produzido muitas descobertas e conclusões respeitáveis, bem como imprecisões e mitos. Os filósofos buscavam respostas através da especulação, do pensamento sistematicamente organizado pela razão e pelas regras do raciocínio. Já o saber teológico estabelecia a revelação divina, escritas nos livros sagrados, como fonte do conhecimento de todas as coisas, acima de qualquer questionamento da consciência humana. Um longo caminho foi percorrido, até a psicologia tornar-se uma ciência.
Já no século V a.C., por exemplo, Platão, Aristóteles e outros pensadores gregos se viam às voltas com muitos dos mesmos problemas que hoje ocupam os psicólogos: como explicar a memória, a aprendizagem, a motivação, a percepção, a atividade onírica e a loucura. Era o método filosófico buscando respostas.
Durante a Idade Média, prevaleceu o saber teológico, com a supremacia do cristianismo na Europa Ocidental. As escrituras sagradas eram a fonte de todo o conhecimento. Durante esse período histórico, conhecido como Idade das Trevas, não houve mudanças a considerar na forma de se compreender o mundo e o homem.
A partir do século XVII, começaram a surgir novas idéias. René Descartes (1596-1650), por exemplo, filósofo francês, afirmou que os seres humanos, assim como o universo, se assemelhavam ao mecanismo dos relógios, que era a grande expressão tecnológica da época. Assim, prevaleceu entre os séculos XVII e XIX, a concepção dos seres humanos como máquinas e o método científico, através da análise, seria a forma possível de se investigar os “mecanismos” da natureza humana. Descartes também introduziu uma nova abordagem da