apostila de ortotanasia
A ortotanásia, também chamada eutanásia passiva, é decisão feita entre o paciente e o médico, assim optando pela abstenção do tratamento doloroso e prolongado, não mais alimentando uma sobrevida, possibilitando uma morte dignidade conforme o desejo do paciente. Essa decisão da ortotanásia vem a ser composta de uma junta médica de no mínimo três médicos para decidir se não a mais possibilidade de recuperação do paciente, depois da decisão dos médicos esta é repassada ao individuo dando a ele possibilidade da ortotanásia. Mesmo na prática da ortotanásia ainda temos o resguardo do mínimo de tratamento do paciente. Assim, sabendo que se trata de um estado irreversível onde o tratamento apenas prolongaria uma sobrevida, optam por uma “morte boa” a qual já tendo consciência da irreversibilidade de sua morte, preferem (médicos e paciente) que a mesma chegue sem o doloroso processo de tratamento para a sobrevida. Essa questão levanta uma série de problemas éticos, morais e religiosos sobre o direito à vida.
2 DESENVOLVIMENTO
A Ortotanásia PARA GUIMARAES “faz emergir a idéia de morte no tempo certo, ou seja, morte a seu tempo, ocorrendo o desfecho letal no momento determinado naturalmente para tal” . Assim, pode-se dizer que a ortotanásia é a morte natural, sem sofrimento.
Porém, com a Resolução n. 1.805/2006 do Conselho Federal de Medicina (CFM), o conceito de ortotanásia passou a ter um contexto mais amplo, pois não envolve somente a omissão, mas também cuidados necessários que aliviam os sintomas, evitando os sofrimentos.
Na fase terminal de enfermidades graves e incuráveis é permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente, garantindo-lhe os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofrimento, na perspectiva de uma assistência integral, respeitada a vontade do paciente ou de seu representante legal. (Res. n.1.805/2006, CFM).
LEITE leciona que a ortotanásia enseja na