Apostila Ate Decada De 50 2m2
Com o passar do tempo e o aproximar do século XX, as anquinhas desapareceram. O que se viu foi uma saia em formato de sino, bastante apertada quase impedindo o caminhar das mulheres. Usavam chapéus com flores, sobre os coques fofos e a bota era indispensável.
Ainda no final da Era Vitoriana o hábito de práticas esportivas, em especial da equitação, mas também o tênis, a peteca, o arco e flecha entraram em voga e se consagraram na Belle Époque. Este hábito ligado o esporte trouxe para o guarda roupa feminino a veste de duas peças, com ar masculino. A assimilação foi grande e em breve o Tailleur (casaco e saia do mesmo tecido) foi adotado para o dia-a-dia das cidades.
O banho de mar também se tornou um hábito. A roupa para tal atividade ainda não tinha nenhuma relação com as de hoje, uma vez que eram de malha, em geral de fios de lã, cobriam o tronco e atingiam a altura dos joelhos. Ainda faziam parte da composição meias e sapatos e muitas vezes uma capa por cima de tudo com intuito de proteção. A moda infantil, pela primeira vez na história, começa a deixar de ser cópia da roupa dos adultos.
Anos 10
A partir do século XX o estudo da história da moda passa a se dar por décadas, uma forma didática e também necessária, por conta da aceleração do processo de mudanças que se evidenciou nas linhas da moda. Os anos de 1914 a 1918 foram marcados pelo conflito da Primeira Guerra Mundial. Os tempos mudaram. A presença do homem na guerra fez com que as mulheres de diversas classes sociais passassem a atuar em diversos setores antes masculinos: “(...) da área de saúde aos transportes e da agricultura à indústria, inclusive a bélica. Foi o começo da emancipação feminina, uma necessidade durante a guerra e, depois dela, um hábito” (BRAGA,
2007, p.70). A moda sofreu uma série de transformações neste período. O francês Paul Poiret, foi o responsável pela grande mudança no vestuário feminino: o fim dos espartilhos, em fim os