Apostila - Armazenamento a granel
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INTRODUÇÃO A necessidade de conhecimentos sobre o armazenamento de grãos fica evidenciada quando são analisadas as potencialidades brasileiras de produção agrícola e são verificadas as astronômicas perdas de grande parte do que se produz, em função de deficiências em infraestrutura, como falta de unidades de secagem e armazenamento e/ou de suas inadequações. Atualmente, muitos dos equipamentos e das estruturas de secagem disponíveis não são apropriados para as condições nacionais, apresentam custos elevados e são incompatíveis com o poder aquisitivo de pequenos e médios produtores rurais. No armazenamento, as inadequações se repetem como no sistema de secagem: além das deficiências estruturais e tecnológicas, há apenas um pequeno percentual da capacidade armazenadora localizado nas propriedades rurais. A maior parte da produção brasileira de grãos é proveniente de pequenos e médios produtores. Nesse segmento produtivo, para a armazenagem, são utilizados depósitos ou paióis tecnicamente deficientes, que estão sujeitos a intensos ataques de insetos, ácaros, roedores e fungos. Ademais, o armazenamento sem uma prévia e eficiente secagem, além do previsível e preocupante desenvolvimento de insetos, ácaros e microrganismos, estimula o metabolismo dos próprios grãos, consumindo substâncias de reservas, provocando deteriorações e reduzindo sua qualidade. Umidade e temperaturas elevadas no interior das unidades armazenadoras, associadas a deficiências no manejo operacional, potencializam esses efeitos. Para o agricultor, a armazenagem da produção na propriedade pode representar vantagens, como a redução dos custos de transporte, ou de frete, a comercialização do produto em épocas de menor oferta e de maior demanda (entressafra), com melhor remuneração e aproveitamento dos recursos disponíveis na propriedade para a secagem e o armazenamento adequados, bem como a disponibilidade de produtos com mais qualidade e mais adaptados às condições de consumo e/ou