apontamentos aula
Porquê tantas teorias e métodos para estudar o comportamento?
À medida que a Psicologia científica se vai tornando uma ciência autónoma e vai aprofundando as suas investigações, torna-se cada vez mais evidente que o comportamento é muito complexo e, sobretudo no ser humano, exige múltiplas abordagens teóricas e uma pluralidade de métodos de investigação. A Psicologia científica como produto da sua história, evolução do seu objecto, método e teorias põe em relevo que a diversidade de concepções organizadas em teorias, a existência de tantos campos de investigação, bem como o recurso a métodos tão diversificados resultam da complexidade do objecto de estudo da Psicologia – o comportamento e os processos mentais e a relação entre eles. A diversidade de teorias e métodos permitiram ir alargando os conceitos básicos sobre o objecto de estudo da Psicologia, abandonando perspectivas unívocas e redutoras, revelando, assim, diferentes formas de acesso à compreensão do mesmo, sem que nenhuma esgote toda a sua complexidade, pois, são visões, perspectivas que se completam entre si, são perspectivas ou abordagens metodológicas complementares que, recorrendo a processos diferentes, visam o mesmo objectivo: compreender o comportamento humano nas suas diferentes manifestações. Assim, o diálogo que os autores mais recentes procuram manter entre as diversas teorias e metodologias, tem permitido construir modelos do comportamento que são mais ajustados à realidade e mais eficazes para a intervenção da Psicologia na sua dimensão aplicada. Deste modo, é nesta diversidade de olhares, interpretações e caminhos que a Psicologia constrói a sua unidade.
Os limites no estudo do comportamento em Psicologia
Há várias limitações relativamente à experimentação em psicologia, nomeadamente de natureza ética, legal e metodológica. Sob o ponto de vista legal e ético, os psicólogos não podem, por exemplo, separar os filhos das suas mães para verificar a hipótese de que as crianças