Trabalho Edna Resende - Apontamentos e desdobramentos de discussões de aula
Adriana Gomes de Oliveira
O nosso imaginário é pautado em um sensório específico que não se daria sem a presença de determinadas obras nas quais nos apoiamos.
No meu caso específico, apoio-me em duas vertentes diferentes de produções contemporâneas. A primeira é pautada nas produções decorrentes do campo da tecnociência, emergidas da década de 50 para cá, com a arte computacional, de um lado, e a videoarte, de outro, confluindo para um tipo de arte fortemente conceitual, onde o domínio da tecnologia é bastante importante, e pode ser feito individual ou coletivamente.
A outra vertente que me interessa e me toca, é uma vertente subjetiva da produção artística, onde minhas próprias experiências subjetivas contribuem para a criação das poéticas dos trabalhos.
Em ambas vertentes existe subjetividade, vale dizer, mas, na primeira, esse fluxo subjetivo conflui para discussões mais conceituais onde, por várias vezes, tal subjetividade é emergente de um trabalho coletivo, em equipe. No segundo caso abre-se espaço para uma narrativa mais autoral, onde minhas próprias experiências pessoais, questionamentos, angústias e inquietações são o mote da criação.
Vejo, claramente, estas duas vertentes na produção contemporânea.
No domínio da linguagem, o conhecimento da(s) técnicas é muito importante para que as possa traduzir em poética. Isto em qualquer linguagem artística ou campo de produção cultural. O que acontece é que algumas linguagens são mais individuais, outras requerem o trabalho em grupo, como a arteciência, o cinema, o teatro, por exemplo. Neste caso, saber dirigir é muito importante, dominar cada etapa de produção e saber lidar com pessoas, também.
Picasso e outros artistas das vanguardas do século XX estavam preocupados com outras formas de representação da realidade, que não a figuração idealizada da mesma.
Por outro lado, Marcel Duchamp introduz a base do que vem a ser