APOLOGIA DE SÓCRATES
Investigando um pouco a vida de Sócrates (que não possui obras escritas por ele mesmo), percebemos seu interesse pelo homem. O que sabemos sobre ele é contado por seus seguidores, em especial , Platão, o que algumas vezes causa embaraço/confusão (como dividir Platão e Sócrates?), mas não é esse o nosso interesse por hora. Na Apologia de Sócrates, Platão relata a defesa do mestre frente as acusações de corrupção dos jovens e ateísmo; é impressionante o modo como o autor nos apresenta Sócrates: humilde, embora ele fosse habilidoso com as palavras (extremamente persuasivo) , no relato se comporta calmamente; Sócrates era considerado uma pedra no sapato, seu modo de vida (uma filosofia investigativa), que tinha por principal interesse os homens, trazia à tona uma verdade oculta (que a maioria dos que se julgam superiores, sábias e importantes quando de fato nada são e nada sabem). A preocupação de Sócrates e o motivo da inveja de seus acusadores , era a importância de aperfeiçoar as virtudes humanas e civis/“instruir” (embora ele próprio nunca utilize esse termo) e até recorre a isso como defesa, pois um instrutor ganha dinheiro ensinando e o nosso filósofo era pobre. A narrativa de Platão deixa clara algumas características da personalidade do mestre, suas virtudes, sobretudo o autodomínio e sua coragem frente à sentença de morte; Sócrates era diverso de seus contemporâneos e isso muitas vezes denunciava-lhes. Após o profecia do Oráculo que dizia que Sócrates era o grego mais sábio, ele não teve paz. Na tentativa de refutar tal profecia dedicou-se ainda mais em suas investigações, tomou como exemplo políticos, poetas, adivinhos (pessoas que pareciam ser sábias frente a tantas outras e sobretudo a si mesmas), na tentativa de convencê-las de sua sabedoria –