apologia de Sócrates

1061 palavras 5 páginas
Platão
Apologia de Sócrates
Xenofonte
No ano de 399 a.C., o tribunal dos heliastas, constituídos por cidadãos procedentes das dez tribos que compunham a população de Atenas e escolhidos por meio da tiragem de sorte, reuniu-se com quinhentos ou 501 membros. Difícil tarefa aguardava esses juízes: julgar Sócrates, conhecida mas controvertida figura. Cidadão admirado e enaltecido por alguns, era, entretanto, criticado e combatido por outros, que nele vinham uma ameaça para as tradições da polis e um elemento pernicioso à juventude. Mas o que sobretudo o caracterizava era a atividade a que vinha se dedicando havia anos e que justamente suscitava o deleite e a admiração dos jovens, enquanto noutros despertava ressentimentos: conversar. Despreocupado com os bens materiais, prazeres sem se atormentar em viver à sua cata, mas também sem deles fugir em exageros ascetas, Sócrates dedicava-se ao que considerava, desde certo momento de sua vida. Diante do tribunal popular, Sócrates é acusado pelo poeta Meleto, pelo rico curtidor de peles, e fluente orador e político Ânito, e por Lícon, personagem de pouca importância. A acusação era grave: não reconhecer os deuses do estado, introduzir novas divindades e corromper a juventude. Na primeira, Sócrates examina e refuta as acusações que pairam sobre ele, retraçando sua própria vida e procurando mostrar o verdadeiro significado de sua “missão”. Noutro momento de sua defesa, Sócrates dialoga com um dos seus acusadores, Meleto, deixando-o embaraçado quanto ao significado da acusação que lhe imputava – “ corromper a juventude”. Em nenhum momento de sua defesa Sócrates apela para a bajulação ou tentar captar a misericórdia daqueles que o julgavam. Sua linguagem é serena, linguagem de quem fala em nome da própria consciência e não reconhece em si mesmo nenhuma culpa. Sócrates foi condenado. Mesmo para uma democracia como a ateniense, ele era uma ameaça e um escândalo: a encarnação, para a mentalidade vulgar, do “escândalo

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