Apologia da historia

333 palavras 2 páginas
o homem quanto sujeito da sua história. Não mais uma História atrelada apenas aos fatos, às datas, aos relatos. Busca-se a partir de então, uma história que consiga compreender as relações que se deram através dos fatos, suas problematizações e seu contextos históricos. Indicando dessa maneira que o seu objeto não era o passado, mas o homem, mais precisamente os homens no tempo. Porém nunca se esquecendo de aliar o passado com presente, uma vez que as indagações do presente são o que fazem o historiador voltar-se para o passado.
No Capítulo II: A observação histórica, busca-se através da observação histórica os testemunhos e sua transmissão. O historiador, na sua leitura, não deve se atrelar apenas aos documentos escritos, mas deve trabalhar também os testemunhos não escritos, em particular os da arqueologia. Deixando de ser obcecado pelo relato, sabendo que não vai conseguir saber e conhecer tudo a respeito do passado, construindo assim um conhecimento pautado em vestígios – uma vez que o historiador não têm contato direto com seu objeto de estudo –, reconstruindo esse passado, apoiado-se não apenas na História, mas aberto a outras possibilidades que as outras ciências podem ceder. O autor indica que o passado estará sempre em processo e progresso, mudando muitas vezes seu modo de compreende-lo, sendo que poderá ser escrito de maneira diferenciada de acordo com a visão de cada historiador e/ou do leitor.
Em A Crítica, capitulo III, nesse capitulo Bloch desenvolve uma “tentativa de uma lógica do método critico”, para que a História pudesse compor o rol das ciências, deixando transparecer que a História para Bloch realmente é uma ciência e que precisava ser reconhecida como ciência igualmente como as outras – como ciências naturais, por exemplo, mesmo que seus antecessores tenham tentado fazer isso, mas ainda considerando a História como inferior –, Marc Bloch tenta justificar a História repassando um método próprio. Com isso o historiador mostrará ao homem um

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