Apoio Matricial
Escola da Saúde
Programa Interdisciplinar Comunitário – PIC
MATERIAL DE LEITURA: Apoio Matricial e Equipe de Referência
A reforma e ampliação da clínica e das práticas de atenção integral à saúde – como a responsabilização e a produção de vínculo terapêutico – dependem, fundamentalmente, da instituição e novos padrões de relacionamento entre os profissionais de saúde e os usuários dos serviços.
Os padrões de relacionamento, por sua vez, são decorrentes, em grande parte, dos estilos de gestão e da estrutura de poder existente nas instituições. Um serviço de saúde onde as decisões são tomadas por um pequeno grupo que ocupa cargos mais altos na hierarquia deste serviço, e cuja organização é baseada no poder das corporações profissionais, tende a gerar descompromisso e falta de interesse de participação na maioria dos trabalhadores.
Processos de trabalho centrados em procedimentos burocráticos, e que se restringem a prescrever, tendem a fragilizar o envolvimento dos profissionais de saúde com os usuários.
Para evitar tais tendências é preciso investir na mudança da estrutura assistencial e gerencial dos serviços de saúde. É preciso criar novas formas de organização, novos arranjos organizacionais, capazes de produzir outra cultura e de lidar com a singularidade dos sujeitos.
Esses novos arranjos devem ser transversais, no sentido de produzir e estimular padrões de relação que perpassem todos trabalhadores e usuários, favorecendo a troca de informações e a ampliação do compromisso dos profissionais com a produção de saúde.
As equipes de referência e o apoio matricial são dois arranjos organizacionais que apresentam essas características de transversalidade.
A equipe de referência contribui para tentar resolver ou minimizar a falta de definição de responsabilidades, de vínculo terapêutico e de integralidade na atenção à saúde, oferecendo um tratamento digno, respeitoso, com qualidade, acolhimento e vínculo. É muito