Fichamento de Citações
Gramática. Ensino. Escola. Língua. Regras.
FICHAMENTO
p. 16 – Sou absolutamente contrário a transformar alunos em objeto de experimentos com teorias novas. É que, se o experimento fracassa, não se desperdiçam amostras de materiais, mas de pedaços de vidas, partes de projetos dos alunos, às vezes vidas e projetos inteiros.
p. 16 - ... para que o ensino mude, não basta remendar alguns aspectos. É necessário uma revolução. No casso específico do ensino de português, nada será resolvido se não mudar a concepção de língua e de ensino de língua na escola...
p. 17 - ... o objetivo da escola é ensinar o português padrão, ou, talvez mais exatamente, o de criar condições para que ele seja aprendido. (Itálico do autor)
p. 17 – A tese de que não se deve ensinar ou exigir o domínio do dialeto padrão dos alunos que conhecem e usam dialetos não padrões baseia-se em parte no preconceito segundo o qual seria difícil aprender o padrão.
p. 18 – Dado que a chamada língua padrão é de fato o dialeto dos grupos sociais mais favorecidos, tornar seu ensino obrigatório para os grupos sociais menos favorecidos, como se fosse o único dialeto válido, seria uma violência cultural.
p. 20 – Ler e escrever não são tarefas extras que possam ser sugeridas aos alunos como lição de casa e atitude de vida, mas atividades essenciais ao ensino da língua. Portanto, seu lugar privilegiado, embora não exclusivo, é a própria sala de aula.
p. 26 – Afirmar que há línguas primitivas é um equívoco equivalente a afirmar que a Lua é um planeta, que o Sol gira ao redor da Terra, que as estrelas estão fixas em uma abóbada.
p. 26 - ... hoje sabemos que todas as línguas são estruturadas de igual complexidade. Isto significa que não há línguas simples e línguas complexas, primitivas e desenvolvidas. O que há são línguas diferentes. (Itálico do autor)
p. 29 – Os grupos que falam uma língua ou um dialeto em geral julgam a fala dos outros a partir da sua