Aparelhos da fisioterapia respiratória
1 MANOVACUÔMETRO
Segundo Severino et al. (2010), a fraqueza muscular respiratória é um importante problema clínico e pode ter início agudo ou crônico, sendo uma condição potencialmente tratável. Clinicamente, a fraqueza muscular respiratória está relacionada com hipercapnia, infecções respiratórias, tosse ineficiente, o que predispõe o desenvolvimento de atelectasias e insuficiência respiratória. Nas doenças neuromusculares, as disfunções dos músculos respiratórios precipitam o início da insuficiência respiratória.
A importância clínica de avaliar os músculos respiratórios com uma variedade de testes foi proposta em trabalhos prévios. A força de tais músculos pode ser avaliada por meio de medidas estáticas ou dinâmicas. As medidas estáticas mais clássicas de avaliação da força dos músculos respiratórios são as pressões respiratórias máximas (PImáx, pressão inspiratória máxima e PEmáx, pressão expiratória máxima). Entretanto, apesar de a medida de PImáx ser simples, ela depende da colaboração e coordenação do paciente avaliado, o que pode levar à imprecisão das avaliações e, conseqüentemente, a um diagnóstico incorreto (SEVERINO et al., 2010).
Alguns autores sugerem que o uso de um único teste pode não ser suficiente para identificar a disfunção muscular inspiratória. Portanto, a combinação de vários testes melhoraria a precisão do diagnóstico de fraqueza muscular inspiratória.
Os músculos respiratórios realizam o trabalho da ventilação contra a resistência do sistema. Assim, a medida da força desses músculos avalia parte relevante da eficiência do conjunto. Trata-se de um exame de fácil realização e que necessita de equipamento de baixo custo, basta um medidor de pressão negativa e positiva, o manovacuômetro.
O manovacuômetro (figura 1) é um aparelho que tem por finalidade medir pressões positivas (manômetro) e negativas (vacuômetro). O manovacuômetro deve permitir uma leitura pressórica estável e estar graduado