Análise ética à nicômaco

Análise Ética a Nicômaco

No livro Ética a Nicômaco, principal obra de Aristóteles, a ética é exposta pelo autor para seu filho, Nicômaco. Trata-se da racionalidade como um fim, um bem, e à ética cabe explicar a finalidade suprema (a felicidade – “eudaimonia”), que justifica todas as demais. Essa finalidade não consiste em bens materiais, e sim em uma vida virtuosa (a virtude nesse caso é a excelência dos atos), que é encontrada como um meio. Vale ressaltar que, terá a virtude aquele que for dotado de prudência.
Compreende no chamado “Livro 1” da obra treze ítens principais. Basicamente, eles defendem que os atos do homem objetivam atingir diferentes tipos de bens, que variam de acordo com o fim almejado pela própria pessoa. Deve-se buscar em cada ato o bem em si, independente das ações. O “sumo bem” (absoluto) está acima dos fins. A procura pelo bem central terá melhor resultado caso seja feita coletivamente, na ordem política da polis, ao invés de a busca der individual. A ética se torna relativa através das dependências politicas, por causa da variedade de seus resultados. Devido a esse fato, é preciso contentar-se com verdades distintas, uma vez que a ética direciona-nos a diversos fins. Vale lembrar que os jovens têm certo bloqueio em alcançar tais fins, pois não tem o mesmo preparo que os indivíduos maduros quando se trata de agir.
A felicidade é o objetivo da ética, mas passa por certa distinção quando analisada pelos sábios ou pelos comuns, uma vez que o povo associa a felicidade com o prazer, com a riqueza ou até com a ostentação. Porém, há também aqueles que têm o poder de perceber que há um bem acima disso, um bem maior. Para tal percepção há dois caminhos: dos princípios para as ações, proposto por Platão, e das ações para os princípios. Aristóteles elenca em seu livro três ideais de vida, que são a felicidade embasada apenas nos prazeres, os privilégios da vida política, e a vida contemplativa. A primeira é considerada pelo autor como fútil e que