VIVER BEM: A ÉTICA DE ARISTÓTELES, DE CHRISTOPHER SHIELDS – SEÇÕES [1-4]
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO
DISCIPLINA: IDÉIAS FIL. CONTEMPORÂNEAS – COM0160
PROFESSOR: SANDERSON MOLICK SILVA
ALUNO: EDUARDO NASCIMENTO TEIXEIRA
RESUMO
VIVER BEM: A ÉTICA DE ARISTÓTELES, DE CHRISTOPHER SHIELDS – SEÇÕES [1-4]
Natal/RN
2014
Resumo – “Viver bem: a ética de Aristóteles”, de Christopher Shields.
1. O bem final para os seres humanos
Partindo da ideia que agimos e nos comportamos com propósitos, Aristóteles considera que fazemos coisas por razões e essas razões podem subordinar-se a razões tidas como superiores até que se chegue a uma razão final (última). Para demonstrar tal entendimento, Christopher Shields destaca a seguinte passagem da Ética a Nicómaco de Aristóteles:
Toda a arte e toda a investigação, e similarmente toda a ação e escolha, parecem visar um qualquer bem; de acordo com isto, declarou-se corretamente que o bem é aquilo que todas as coisas visam. (Ética a Nicómaco 1094a 1-3)
Na busca de compreender melhor Aristóteles, Christopher Shields aceita que as ações visam determinados fins e esses fins devem ser considerados bens. Concordando com o propósito que as ações visam fins bons, ou aparentemente bons, é possível se chegar ao bem final subordinando os bens.
Conforme cita o autor, Aristóteles cria critérios que precisam ser atendidos para se chegar ao bem final. São eles:
1- Seja procurado por si mesmo (Ética a Nicómaco 1094a 1);
2- Desejemos outras coisas por causa de si (Ética a Nicómaco 1094a 19);
3- Não o desejemos em função de outras coisas (Ética a Nicómaco 1094a 21);
4- Seja completo (teleion), no sentido de ser sempre digno de escolha e de ser sempre escolhido por si mesmo (Ética a Nicómaco 1097a 26-33); e
5- Seja auto-suficiente (autarkês), no sentido de a sua presença ser suficiente para que nada falte na vida (Ética a Nicómaco 1097b 6-16).
Diante destas exigências