Análise A Revolução dos Bichos e relações ao totalitarismo
O enredo tem como pano de fundo um mundo distópico em que três subespécies representariam a raça humana: porcos tiranos, cachorros autocratas e ovelhas submissas, influenciado pelo livro “A Revolução Dos Bichos” de George Orwell. Sheep, que trata essencialmente da desordem social: “É uma música sobre revolução”.
O sonho de um velho porco de criar uma granja governada por animais, sem a exploração dos homens, concretiza-se com uma revolução. Como acontece com as revoluções, a dos bichos também está fadada à tirania, com a ascensão de uma nova casta ao poder. Nesta fábula feita sob medida para a Revolução Russa, “todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais do que os outros”.
A Revolução dos Bichos nos faz entender o funcionamento das sociedades comandadas por diferentes tipos de governo, além de mostrar de forma genial a ambição do ser humano – o sonho pelo poder.
Napoleão, o porco, representa o desejo da onipotência, do poder absoluto e para conseguir seus objetivos tudo passa a ser válido: mentiras, traições, mudanças de regras. Instaurava-se uma verdadeira DITADURA: os poderes se concentravam apenas nas mãos dele, não havendo liberdade de expressão nem direito de opiniões dos outros animais.
Os porcos líderes, por se considerarem superiores aos outros animais, acrescentam no mandamento “MAS UNS SÃO MAIS IGUAIS QUE OUTROS”.
Os donos do poder subvertem os mandamentos iniciais em seu próprio benefício, alteram hinos de louvor patriótico em louvor próprio. Os animais, ao passo que foram conquistando seus objetivos, tornaram-se completamente iguais ao homem, tanto psicologicamente como fisicamente.
INTERTEXTUALIDADES
REVOLUÇÃO RUSSA