Análise regional
Rita de Cássia Liberato1
artindo do pressuposto de que a análise regional é um processo multifacetado que requer uma abordagem interdisciplinar, na qual devem estar envolvidas várias áreas disciplinares, como economia, sociologia, antropologia, história, geografia, demografia, dentre outras, é que se procura proceder a uma revisão dos modelos e teorias a partir dos quais se efetivam os estudos que têm o desenvolvimento regional como seu objeto. Os estudos dessa área devem se realizar, portanto, através da interdisciplinaridade (Isard, 1956). a análise interdisciplinar deve efetivar-se a partir de uma sólida base teórica, pois somente assim será possível aos que visem estudar o desenvolvimento regional compreender as pistas e os sinais encontrados no decorrer dos estudos empíricos da realidade, permitindo-lhes formar um todo coerente. Mesmo reconhecendo que o desenvolvimento regional constitui um objeto de estudo em profunda transformação na atualidade, não se pode considerar como adequados os procedimentos que propõem ruptura total com os conhecimentos acumulados. Contudo, devido à complexidade da realidade, esses conhecimentos deverão ser sempre contextualizados. acredita-se que essa concepção seja válida, até porque as análises assim efetivadas podem contribuir para a ocorrência de mudanças teórico-conceituais e metodológicas. O conhecimento das teorias que deram e/ou dão sustentação à análise regional é de suma importância, na medida em que, assim procedendo, evidencia-se o nível de amadurecimento dos estudos da área, como também, talvez o mais importante, torna-se possível esclarecer as suas possibilidades e os seus limites explicativos. Contudo, não se pretende aqui realizar um levantamento exaustivo das teorias e modelos empregados na análise regional. O intuito deste texto é o de situar, a partir da identificação dos modelos e teorias, as contribuições dos estudos efetivados na área para o