Analise Regional Do Produto A O CERTA
Os últimos três anos têm sido uma prova para o setor siderúrgico: alta nos custos de mão de obra, minério de ferro e carvão com preços lá em cima, o câmbio apreciado, que favoreceu a importação direta e indireta de aço, penalizaram as companhias. Com isso, as siderúrgicas nacionais ficaram em maus lençóis: custos subindo e demanda encolhendo, aumento da concorrência das importações e desaceleração econômica mundial. E não há sinais de que o quadro geral irá mudar no curto prazo. Mesmo assim, as três empresas do ramo listadas em bolsa – Gerdau, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e Usiminas – entraram no ano com forte valorização de seus papéis. À primeira vista, pode-se concluir que, os investidores aproveitaram a janela para lucrar com os descontos das ações.
Em 2011, as companhias estiveram entre os piores resultados da bolsa.
Para quem está de olho no setor no médio ou longo prazo, no entanto, analistas consideram que é preciso avaliar caso a caso. As empresas têm estratégias distintas e, embora exista um cenário geral que afete todas elas e aumente o risco dos papéis, as características de cada uma projetam perspectivas diferentes para os próximos anos.
Como consequência imediata desse concorrente invisível, o crescimento das vendas internas permanece em ritmo lento. Estimativas do Instituto Aço Brasil (IABr) indicam que as vendas internas alcançaram 21,5 milhões de toneladas em 2011.
No Brasil, obras exigidas pela Copa do Mundo, Olimpíada e pelas demandas de infraestrutura, somadas ao aumento da produção de veículos e à expansão da construção civil, devem manter o segmento de aço aquecido pelos próximos anos. Para 2012, o IABr calcula uma expansão de 7,1% do consumo aparente no mercado interno, que deve alcançar 26,7 milhões de toneladas. As siderúrgicas listadas em bolsa, no entanto, têm plenas condições para atender a um aumento de procura, pois operam atualmente com menos de 80%, em média, da capacidade instalada. Além