Análise regional do estado do paraná a partir de suas microrregiões – 1991 e 2000.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
MÉTODOS DE ANÁLISE REGIONAL PROF: RICARDO ALEXANDRINO

ANÁLISE REGIONAL DO ESTADO DO PARANÁ A PARTIR DE SUAS MICRORREGIÕES – 1991 E 2000.

1. INTRODUÇÃO O estado do Paraná possui uma área total de 199.314,850km², habitada por uma população de 10.444.526 habitantes, segundo dados do Censo de 2010. Seu PIB absoluto (R$161.582.000) é o quinto do país, atrás dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Sua população, ainda segundo os dados do IBGE de 2010, está 85,3% localizada em zonas urbanas; isto significa uma distribuição semelhante a Minas Gerais (também 85,3%) e Rio Grande do Sul (85,1%), mas relativamente distante dos padrões encontrados em São Paulo (95,9%) e Rio de Janeiro (96,7%). Desde os primórdios, remetendo-se ao tempo da colonização, a ocupação do Paraná está ligada à agricultura e ao pastoreio. Este histórico se inicia no período do Ciclo das Tropas (início/meados do século XVIII), passando pela expansão das atividades cafeeiras na virada do século XIX para XX e que, posteriormente, vieram a dar lugar à produção de soja, milho, algodão, batata e trigo, a partir, principalmente da década de 1970. É a partir das mudanças ocorridas durante este período que a economia paranaense passa a ser mais representativa e diversificada. Nos anos 1980, o momento é de crise para o Brasil, com o aumento da dívida externa e a hiperinflação. Enquanto no âmbito nacional o que se via, em linhas gerais, era uma queda no PIB das indústrias de transformação, no Paraná a desaceleração do ritmo de crescimento da economia teve um efeito mais suave. Este efeito abrandado está ligado ao fato da indústria paranaense ser fortemente ligada ao setor agropecuário que, durante a crise, não sofreu grande queda em sua produção. A partir daí, o que se observa no estado é uma tendência de diversificação da indústria. Esta