análise livro didático
Através da leitura do capítulo é possível afirmar que a língua é tratada de maneira sistemática e isolada. Por receber esse tratamento isolado, trabalhando no máximo na estrutura da frase, o contexto e a situação em que os alunos estão inseridos são ignorados. Como exemplo tomaremos o ensino do pronome relativo no capítulo 2 (dois) do livro, “Como você viu, na frase ‘foi o presente que pedi ao Papai Noel!’, a palavra que substitui, na 2ª oração, um termo empregado na 1ª oração: o substantivo presente. Veja: 1ª oração: Foi o Presente – 2ª oração: pedi o presente para o Papai Noel!”
Fica explícita a falta de contexto das frases, que não se inserem em sistema nenhum. Por não ser estimulado a produzir nada através do que aprendeu ocorre um distanciamento do aluno com a língua. Também pela falta de interação com o contexto em que se desenvolve o aluno, a língua em uso deixa de ser tratada, dando preferência aos sistemas lingüísticos formais. Dessa forma é desenvolvida no aluno uma dificuldade de enxergar meios reais de usar o que aprende, dificultando assim até o próprio aprendizado dos sistemas lingüísticos formais.
Outro exemplo que podemos extrair do livro é “O pronome relativo cujo é empregado em circunstâncias diferentes daquelas em que são empregados os demais programas relativos. Ele liga dois termos, estabelecendo entre eles uma relação de posse. Veja: O professor, cuja casa foi assaltada, mora aqui perto.” Aqui os autores do livro citam a existência de circunstâncias diferentes no uso dos pronomes relativos, mas não explica essas diferenças. O próprio ensino da forma é parcial e