Epopéia de Gilgamesh

Essa obra, especificamente, apresenta-se interessante. Diferentemente de outras versões de “A Epopeia de Gilgamesh”, ela não tem por objetivo mostrar a tradução do original cuneiforme. Mas, tem o intuito de levar o leitor a conhecer as histórias contidas nas tábuas encontradas sobre Gilgamesh por meio de uma narrativa simples, direta e inteligível. Além disso, a escolha de uma estrutura narrativa deu a oportunidade ao autor de expor os fatos e os atos de modo coerente e de dar dinâmica ao enredo, fazendo com que a leitura se tornasse a mais fluída e espontânea possível. Essa obra conta as aventuras, as vitórias e as desilusões de Gilgamesh - personagem principal da narração. Também é palco da morte de dois personagens importantes na Epopeia - Gilgamesh e Enkidu. Gilgamesh foi um famoso rei de Uruk (uma das cidades sumérias), que segundo a narrativa foi criado pelos deuses, sendo dois terços deus e um terço homem. Gilgamesh realizou grandes feitos, dentre eles, o mais famoso feito foram as muralhas de Uruk. Era belo, possuía uma extrema força, mas era inconsequente, impetuoso e tirano. Envolvia-se em confusões e aborrecia demais o povo e os deuses. Tanto que um dos deuses resolveu criar um ser que se igualasse a Gilgamesh e fosse capaz de enfrentá-lo. Este foi Enkidu: era a imagem de Gilgamesh, de modo que logo despertou o interesse de Gilgamesh ao conhecê-lo. Enkidu se tornou um grande amigo de Gilgamesh e juntos viveram muitas aventuras. Uma dessas aventuras levou à morte Enkidu, despertando em Gilgamesh o desejo de alcançar a imortalidade, pois depois do que vira acontecer ao amigo começou a temer a morte. Gilgamesh busca a imortalidade a todo custo - e a encontra - mas não tem êxito ao tentar possuí-la. Termina então morrendo, como se espera de todo mortal. O que mais me intrigou nessa obra não foi a história de Gilgamesh, mas outros personagens do pano de fundo do enredo: os deuses. Os deuses em nada se pareciam com a concepção que nós temos deles: santos,