Resumo epopeia de gilgamesh
Em primeiro lugar importa referir que os primeiros esboços de narrativas heróicas surgem pelas mãos dos sumérios, que começam por passar a escrito contos e histórias que têm raízes numa tradição oral anterior ao aparecimento da escrita. Seria preciso esperar pelo advento dos povos semitas, que ao absorverem a cultura suméria, a souberam inovar através do seu próprio espírito criativo, acabando por enriquecê-la e amplia-la, dando-lhe uma dimensão que dará origem a uma nova cultura denominada sumero-acádica, mais rica que a anterior. Esta síntese cultural dá novo impulso ao género épico, cuja obra mais marcante é a Epopeia de Gilgamesh.
Para vincar que não estamos perante as aventuras de um deus pleno, o texto cedo nos revela as raízes humanas do herói: são os seus próprios súbditos que se queixam aos deuses do seu comportamento despótico e sexualmente desregrado. Para lhe moderar os ânimos, a deusa Aruru (a deusa mãe-uma das 4 divindades criadoras) é enviada para resolver o problema. Fê-lo dando a Gilgamesh uma consciência de si próprio, gerando Enkidu a partir de um bloco de argila. Este plano passava pela criação de um alter ego para Gilgamesh, uma consciência que o devia confrontar com as suas fragilidades humanas. Enkido é criado em estado selvagem e de inocência, que perde através do contacto com uma mulher. Enkido acaba por enfrentar Gilgamesh quando este se prepara para mais uma das suas proezas lascivas, acabando por se envolver num confronto físico. Durante a luta o rei cai em si e interrompe o conflito, ficando selada uma forte união entre os dois.
Mais tarde Gilgamesh, achando que a vida na cidade o tinha enfraquecido, ambiciona por feitos heróicos. Assim parte com Enkido com destino à Terra dos Cedros para lá destruir o Mal, personificado no monstruoso Hubamba. Consulta o Concelho de Anciãos e obtém a aprovação de Shamash (deus do Sol).
Estando consciente da sua própria mortalidade física, a aventura a que se propôs parece ser