Análise granulométrica
A prefeitura do Rio de Janeiro decidiu interditar por tempo indeterminado o Estádio Engenhão, sede dos jogos dos quatro maiores clubes do estado. A medida foi tomada com base em laudos de empresas contratadas para fazer o acompanhamento do estado da cobertura do estádio. Após uma reunião na prefeitura, o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes, vai se reunir com os presidentes dos quatro grandes clubes do Rio – Fluminense, Flamengo, Vasco e Botafogo – para decidir o que será feito com as rodadas do Campeonato Carioca. O Engenhão é administrado pelo Botafogo. O prefeito Eduardo Paes, em uma coletiva de imprensa na sede da prefeitura, afirmou que os problemas de agora não têm relação com a manutenção do clube, que está correta. A decisão foi tomada às 15h30. Um dos laudos, de uma empresa alemã contratada pelas empreiteiras OAS e Odebrecht – que construíram o Engenhão – indica que há problemas na estrutura. As duas empreiteiras eram as responsáveis pelo monitoramento permanente da cobertura. A empreiteira Delta havia vencido a licitação para construir o Engenhão, projetado para os Jogos Pan-americanos de 2007. Mas a empresa abandonou a obra, assumida pelo novo consórcio. “O consórcio me procurou dizendo que tinha problemas estruturais e de projeto. Perguntei se havia risco para quem vai ao estádio. Disseram que havia”, disse Paes. Segundo Paes, havia uma cláusula firmada entre o município - ainda na gestão de Cesar Maia – e o consórcio que passava a responsabilidade de eventuais problemas no projeto para a prefeitura. Ou seja, se confirmado o que os laudos apontam, o poder executivo da cidade do Rio arcará com as despesas. “Isso foi pactuado pelo meu antecessor. Parece que a responsabilidade é do município se houver problemas no projeto. Não posso afirmar que existiu erro por enquanto. Pode ter sido uma falha na execução ”, disse Paes. “Não dá para usar um estádio se há risco de vida para as pessoas”, disse Paes,