Análise fílmica de "Tróia"
As apropriações e usos da história por parte das diversas manifestações artísticas foram e continuam sendo cada vez mais comuns e recorrentes. Uma vez que uma recriação artística, a exemplo de uma obra cinematográfica, não tem como objetivo produzir um conhecimento crítico e científico sobre determinado fato histórico é comum que se cometam incoerências e anacronismos.
Um exemplo de recriação histórica é o do filme norte-americano Tróia que foi lançado em 2004 pelos estúdio Warner Bros e dirigido por Wolfgang Petersen. A história do filme se passa durante o período da guerra de Tróia, por volta do século XII A.C., no qual durante um período de paz entre os gregos e troianos o jovem Páris rompe a paz ao raptar Helena que é a esposa de Menelau, rei de Esparta. O que gera a ira dos gregos e inicia-se uma sangrenta batalha pela recuperação de Helena e destruição de Tróia. Tendo como principais personagens além dos já citados acima o guerreiro grego (semi-Deus) Aquiles e o principal guerreiro troiano Heitor, irmão de Páris.
Segundo os produtores o filme é baseado nos poemas da Íliada de Homero (poeta grego no qual se atribui a escrita da obra), contudo se comparado com a tradução brasileira realizada pelo poeta Manoel Odorico Mendes, é possível apontar várias diferenças. É válido ressaltar que as diversas traduções e reinterpretações da Íliada são bastante diferentes e confundem ainda mais o leitor. Assim como por ser um documento muito antigo e extenso é complicado determinar a sua real essência.
Inicialmente a representação fílmica comete um anacronismo ao considerar os povos que, naquele período se identificavam enquanto Aqueus, como Gregos. Além do fato da Guerra de Tróia, segundo o filme aparentemente durar alguns meses, na Ílida era dura dez anos e é um confronte bastante com várias especificidades não abordadas no filme.
Uma das principais e mais visíveis diferenças da obra cinematográfica com a obra escrita é a