Esparta
O encontro do cinema contemporâneo com as Histórias de Heródoto: uma análise do filme “300” de Zack Snyder.
Flávia Lemos Mota de Azevedo Mestre em História, Doutoranda em História, Professora. UNB / UEMG / FUNEDI flavialemosmota@yahoo.com.br Thiago Eustáquio de Araújo Mota Graduando em História. UEMG / FUNEDI theamotta@hotmail.com.br
RESUMO: Podemos dizer que o filme “300,” um dos últimos sucessos de bilheteria, foi mais um produto da “febre épica” que assola Hollywood desde “Gladiador”. Este recuo a temas da Antiguidade, agora realizado pela industria cinematográfica, talvez se explique por uma necessidade do Ocidente contemporâneo de reencontrar suas bases formadoras, mesmo que isto se faça por meio da “fabrica de sonhos”. Uma incursão sobre o relato de Heródoto nos conduz a “febre épica” de Hollywood, especialmente ao filme “300”, e os possíveis sentidos desse grandioso investimento em momentos fundadores da cultura ocidental. Passa despercebido aos olhos do público que por detrás do filme encontramos o relato histórico de Heródoto. A ambição, a loucura e a incompreensão do déspota oriental, Xerxes, assim, como a bravura e a obstinação grega na defesa de sua liberdade, do seu regime democrático, foram descritas pelo ‘pai da história’. Palvaras Chave: Heródoto, democracia, despotismo, loucura, cinema, representação.
O encontro do cinema contemporâneo com as Histórias de Heródoto: uma análise do filme “300” de Zack Snyder.
É lugar comum dizer que vivemos hoje a “era das imagens”. Basta um passeio pela cidade para termos dimensão da carga visual que presencia nossa rotina, o olhar do transeunte se desloca confuso dos outdores para os grafites e destes para as faixas publicitárias. Na “era das imagens” o historiador como bom sobrevivente que é, mais uma vez, precisou renovar seu instrumental de pesquisa e adequá-lo às demandas e desafios de seu