Análise fenomenológica do filme: "foi apenas um sonho"

Trabalho de Fenomenologia
Professor Marcos Orestes Colpo
Análise do Filme: “Foi Apenas um Sonho” (2008)
Aluna: Mariana Ghetler

Objetivo: identificar, descrever e analisar a relação do casal com a vizinhança. Na aula ele sugeriu que fossem abordadas as questões da angústia, culpa, impropriedade, projeto, perspectiva e sonho.

O filme “Foi Apenas um Sonho” retrata a vida de um casal, April e Frank, que moram na Revolutionary Road (Rua Revolucionária), onde a história se passa. April é uma ex-atriz, que possui no momento do filme uma vida de dona de casa, que cuida dos filhos e é infeliz com sua vida tanto afetiva quanto seu modo de ser-no-mundo. Quando conhece Frank, espanta-se com o fato de que ele não havia ainda padrões rígidos de existir, como afirma ao dizer que quando soubesse o que gostaria de fazer para o resto de sua vida, morreria de tédio em meia hora. Ela percebe nele uma liberdade que não encontra em uma década dos anos dourados (1955, no caso), onde todos devem agir da mesma forma, não demonstrarem seus sentimentos, a viverem de certa forma específica onde a liberdade é algo estranho aos olhos dos que vivem ao seu redor.
Desta forma, ela se apaixona por Frank e casa com ele. Dois filhos são frutos desta relação. A história se passa em um momento em que os filhos do casal já tem um torno de 5 anos, e Frank trabalha na empresa Knox, a mesma em que seu pai trabalhou por vinte anos antes dele. Lá, ele tem um caso extra-conjugal com uma secretária, e se considera infeliz na função que efetua. Ele se sente entediado de trabalhar lá, pois percebe sua função como inútil e algo que ele não escolheu, agindo de forma imprópria em relação ao trabalho. Não possui perspectivas de melhora, mas também não busca novas experiências, ou novos horizontes. É April então que, ao revirar fotos de seu marido na guerra, lembra que ele havia um dia pensado em voltar a Paris, uma cidade “onde as pessoas são livres para serem o que são”, como afirmava ele. É este sonho