Analise crítica fenomenológica do filme cisne negro
RENY LOPES DOS SANTOS
FENOMENOLOGIA, EXISTENCIALISMO E PSICOLOGIA: ANÁLISE DO FILME CISNE NEGRO DENTRO DA PERSPECTIVA FENOMENOLÓGICA EXISTENCIAL
VITÓRIA NOVEMBRO/2011
Cisne Negro – Análise do Filme, dentro da perspectiva Fenomenológica – Existencial.
“Essa tal felicidade, hei de encontrar Mesmo se eu tiver que aguardar,se eu tiver que esperar ... Se essa vida é bonita, ela é feita pra sonhar ...”
O filme Cisne Negro narra a história de uma bailarina – Nina, que desde criança foi moldada para ser perfeita – tal oportunidade surge a partir do momento em que ela é alçada como rainha dos cisnes em uma companhia de balé. O sentido da vida para ela era atingir a perfeição através da dança, mas durante o preparo para o papel seu psicológico se desintegra, caindo em um espiral de paranóia e auto-destruição. Entre explosões de loucura e desprendimento de repressões sexuais descobre um novo sentido para a vida – liberdade. Porem largar toda uma história e recomeçar não é tão simples assim, agarrando-se ao sonho morto da perfeição prefere se escravizar na condição de ausência de sentido. Foi preparada desde cedo para incorporar a fragilidade, doçura e inocência – Cisne Branco, ao confrontar-se com as possibilidades de ousadia e sexualidade se personifica ao personagem – o Cisne Negro, entrando em contato com o seu lado sombrio, oculto e recalcado. Porém o fim é trágico, no auge de sua psicose se auto-destrói, procurando na morte sua almejada liberdade. Lamentável que as circunstancias a levaram a uma liberdade contrária e equívoca – liberdade sem sentido. A busca obsessiva à perfeição, a pressão sentida por todos os lados e fragilidade de Nina não a permitiram desenvolver e procurar novos sonhos (liberdade, felicidade, amigos, privacidade, autonomia, etc), se tornou escrava até o fim, até as últimas palavras daquilo que esperava a qualquer custo – perfeição. Nisso perdeu a verdadeira,