Análise dos poemas - Morro da Babilônia e O Operário no Mar, de Carlos Drummond de Andrade

441 palavras 2 páginas
Morro da Babilônia

Logo no título, pode-se perceber um contexto onde o “Morro” seria os Morros do Rio de Janeiro representando a classe de baixa renda e a “Babilônia”, representa o grande império do passado, gerando uma contradição entre as palavras, mas se aprofundar mais, percebe-se que Babilônia nos tempos antigos era relacionada com a Torre de Babel, onde se tinha muita confusão, e uma difusão de línguas muito grande.
Com isso, consegue-se entender o poema, onde tudo gira entorno de terror por ter sido escrito bem provável entre 35 e 40, época em que a primeira guerra mundial estava terminando e o começo da era Vargas no Brasil.
“Anoite no morro” é o primeiro verso, ele quer passar para o leitor, que era no período noturno que a ditatura imposta no Brasil era efetuada, onde vozes eram vindas lá de cima do morro amedrontando todos que moravam ali. Carlos também cita de uma forma explicita “Luanda”, cidade da África que mais forneceu escravos para o Brasil na época da escravatura.
Na segunda estrofe, temos a presença da guerra, “Quando houve revolução, os soldados se espalharam no morro, a revolução seria o início da era Vargas, e os soldados se espalhando para combater toda a euforia das pessoas que gritavam. Com isso o morro fica cantando, por conta de quartéis terem sidos queimados e ter ocorrido muitas mortes.
Mas na última estrofe as coisas mudaram, os gritos que vinham do morro não eram necessariamente mortes, e sim música vinda de um cavaquinho, transmitindo gentileza, e mudando totalmente o contexto do poema.

O Operário no Mar

“Na rua passa um operário, como vai firme”. Assim que começa o único poema que não possui forma, escrito como se fosse um texto, logo no começo Carlos descreve o operário como um homem normal, trabalhador da época, negro, utilizava uma blusa azul, retratando os sofrimentos em suas mãos e pés grossos por ter trabalhado muito em sua vida. O narrador, que aparenta ser um burguês, que observa esse operário fica angustiado ao

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