Análise do soneto “a um poeta” de olavo bilac
Semestre VII
Disciplina: Estilística
Professora: Claudiúscia
Aluno: Rodrigo Alves de Amorim
Trabalho de Estilística
Iguatu/CE
Setembro/2012
A um poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha e teima, e lima , e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço: e trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua
Rica mas sóbria, como um templo grego
Não se mostre na fábrica o suplicio
Do mestre. E natural, o efeito agrade
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
Olavo Bilac
Análise do soneto “A um poeta” de Olavo Bilac
O presente soneto possui rimas ricas (ABBA/BAAB/CDC/DCD), como por exemplo: “rua/sua”, “construa/nua”, “emprego/grego”. É um soneto decassílabo, objetivo, claro, sem exageros românticos. O autor usa a metalinguagem, nesse caso utiliza-se de um poema para falar sobre o poema. Na primeira estrofe encontramos o polissíndeto através da repetição do conectivo “e”, principalmente no quarto verso “Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!”, em que o autor mostra a importância de trabalhar com a palavra, afim de que o poema saia perfeito.
Na segunda estrofe Olavo Bilac enfatiza os cuidados que deve-se ter no momento da criação do poema, pois é de suma importância que a forma não transpareça o trabalho exigido pela criação: “Mas que na forma se disfarce o emprego/ Do esforço: e trama viva se construa/ De tal modo, que a imagem fique nua/ Rica mas sóbria, como um templo grego”.
Percebemos logo no início da quarta estrofe o emprego de uma metáfora: “Não se mostre na fábrica o suplício/ Do mestre”, no qual indica que o trabalho do poeta ( “Suplício do mestre”) não deve ser mostrado todo e o que importa é a obra concluída: “ E natural,