PARNASIANISMO
INTRODUÇÃO:
O Parnasianismo brasileiro nasceu de ideias antirromânticas e acentuado gosto pela objetividade. A escola teve influência da doutrina “arte pela arte” apresentada por Théophile Gautier, poeta e crítico literário francês, ainda no período do Romantismo. A teoria da “arte pela arte” ressalta o belo e o refinamento através da autonomia da arte alheia à realidade.
O nome da escola vem do termo grego “Parnassus”, o qual indica o lugar mitológico onde as musas moravam.
A denominação da escola literária se deve também à primeira publicação parnasiana, intitulada “Le parnasse contemporain”, a qual apresenta uma linguagem descritiva, formas clássicas (rima, métrica) e indiferença. Os fundamentos parnasianos retomaram a perfeição formal almejada pela Antiguidade clássica.
O Parnasianismo tem seu marco inicial no Brasil com a publicação de “Fanfarras” de Teófilo Dias, em 1882. Contudo, Alberto de Oliveira, Olavo Bilac e Raimundo Correia também auxiliaram a implantação do Parnasianismo no Brasil.
MOMENTO HISTÓTICO:
O Parnasianismo é resultado da ambiguidade do momento histórico que marcou a passagem do século XIX para o século XX.
Nesse período as grandes potências brigavam para conquistar os mercados consumidores e aqueles que forneciam matéria-prima e foi nessa época que se desenvolveu a política do neocolonialismo e do imperialismo. Como resultado de tais processos foi possível identificar duas situações diferentes: o progresso das indústrias e o capitalismo em expansão, que proporcionaram um ambiente eufórico, uma sensação de bem-estar.
Tais situações facilitaram o aumento do consumo e a modernização da urbanização. Contudo, o aumento do consumo criou grupos de excluídos, o movimento operário se organizou e greves surgiram, proporcionando um ambiente desagradável, insegurança e pessimismo.
A nova tendência toma corpo no Brasil a partir de 1878, quando nas colunas do Diário do Rio de Janeiro, tenta-se criar a "Guerra do Parnaso",