Deus

RESUMO
A coletânea, organizada por Paulo Hecker Filho, reúne cerca de 30 poemas de Olavo Bilac. A ideia é mostrar o Bilac parnasiano na forma, embora romântico no conteúdo. Podemos destacar, neste contexto, “Via Láctea”, poema composto por 35 sonetos cuidadosamente compostos. Os sonetos tomam os corpos celestes como tema, para, em um tom intimista, criar um eu-lírico tipicamente romântico. O poema busca ainda dialogar com o leitor, marcando essa conversa, inclusive, com o uso de aspas.
Em “Nel mezzo del camin” , Bilac retoma o verso de abertura do “Inferno”, da Divina Comédia de Dante Alighieri (1308), em exemplo de intertextualidade com uma obra consagrada. O poema possui temática claramente romântica, que fala de desventuras amorosas e da dor da separação.
Outro poema muito conhecido presente na Antologia é “Língua Portuguesa”, cujo verso “Última Flor do Lácio, inculta e bela” incorporou-se ao imaginário popular. Também estão no volume alguns exemplos das poesias infantis, escritas sob encomenda para a casa Alves & Cia. São poemas de temática simples, porém escritos com cuidado peculiar do autor. Os versos de Bilac logo se tornaram conhecidos e queridos do público, como é o caso de “As Velhas árvores”.
Como diz o próprio organizador do volume, a preocupação da coletânea é fazer justiça à obra poética de Bilac, a partir de sua musicalidade e plasticidade. A Antologia também ajuda a mostrar o porquê da popularidade da poesia de Olavo Bilac, desde sua época até hoje.
CONTEXTO
Sobre o autor
Olavo Bilac foi o maior nome do parnasianismo no Brasil, foi eleito o “Príncipe dos Poetas Brasileiros” pela revista “Fon Fon”. Um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, criou a cadeira nº. 15, que tem como patrono Gonçalves Dias. É autor da letra do Hino à Bandeira.
Importância do livro
A coletânea apresenta alguns dos poemas mais significativos de Olavo Bilac, o maior poeta do parnasianismo brasileiro e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.