Análise do poema "o sentimento dum ocidental"
O poema “O sentimento dum Ocidental” está dividido em quatro cantos: “Ave-Marias”, “Noite Fechada”, “Ao Gás” e “Horas mortas”. Cada canto é constituído por onze estrofes. O primeiro verso de cada estrofe é decassilábico, sendo que os restantes três são alexandrinos (versos nobres constituídos por doze sílabas). O esquema rimático é igual em todas as estrofes. A sua forma é abba sendo, por isso, uma rima interpolada. Este rigor formal é característico do parnasianismo. A perfeição formal está ligada à contenção do sentimento e à maior atnção que se dá às coisas exteriores. Todas estas são características deste movimento literário.
Ao longo do poema, o sujeito poético descreve a cidade de Lisboa e os diferentes grupos de pessoas que vê. Na sexta estrofe de cada canto, em vez de continuar a sua descrição do ambiente que o envolve, o sujeito poético dedica-se a apontar para um passado glorioso ou m futuro salvador.
O título do poema é “O sentimento dum Ocidental” que está relacionado com o sentimento do narrador. O narrador descreve o sentimento de um habitante do extremo ocidental da Europa face a todas as características da civilização ocidental da Europa à qual Portugal pertence.
O sujeito poético descreve a cidade como confinada, luminosa (“A espaços iluminam-se os andares” – “Noite fechada”), massificada(“Voltam os calafates, aos magotes,/ de jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos;”), desumanizada (“Como morcegos, ao cair