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Transcrição de Horas Mortas Cesario verdeAnálise do Poema "Sentimento de Um Ocidental IV- Horas mortas" Cesário Verde José Joaquim Cesário Verde nasceu em Lisboa, a 25 de fevereiro de 1855.
Matriculou-se no Curso Superior de Letras, em Lisboa, frequentando-o apenas alguns meses.
Cesário dividiu a sua atividade entre a produção poética (publicada em jornais) e o trabalho de comerciante na loja que o pai tinha na baixa lisboeta.
Em 1877 começa a dar indícios de uma tuberculose, doença que já lhe tirara o irmão e a irmã (mortes que servem de inspiração para o seu poema)
Acabou por falecer a 19 de Julho de 1886. Ave-Marias Sentimento de Um Ocidental O tecto fundo de oxigénio, de ar,
Estende-se ao comprido, ao meio das trapeiras;
Vêm lágrimas de luz dos astros com olheiras,
Enleva-me a quimera azul de transmigrar.
Por baixo, que portões! Que arruamentos!
Um parafuso cai nas lajes, às escuras:
Colocam-se taipais, rangem as fechaduras,
E os olhos dum caleche espantam-me, sangrentos. Sentimento de Um Ocidental IV - Horas Mortas Sentimento de Um Ocidental IV - Horas Mortas Cesário Verde Estrutura Interna Noite Fechada Ao Gás Horas Mortas - Dedicado a Camões e a Guerra Junqueiro
- Reconstituição de um passeio que o sujeito poético faz sobre Lisboa
- Poema representativo da cidade em várias fases do final da tarde/noite em que regista as perceções e as impressões do sujeito poético enquanto caminha nas ruas nocturnas da cidade.
- Reflexão da realidade que se vivia em Lisboa. Sentimento de Um Ocidental IV - Horas Mortas O tecto fundo de oxigénio, de ar, a
Estende-se ao comprido, ao meio das trapeiras; b
Vêm lágrimas de luz dos astros com olheiras, b
Enleva-me a quimera azul de transmigrar. a
Por baixo, que portões! Que arruamentos!
Um parafuso cai nas lajes, às escuras:
Colocam-se taipais, rangem as fechaduras,
E os olhos dum caleche espantam-me, sangrentos.
E eu sigo, como as linhas de uma pauta
A dupla correnteza augusta das fachadas;