Análise do Líquido Ruminal
Em transtornos ruminais e metabólicos, as alterações iniciais podem ser detectadas no líquido ruminal, na urina e no leite, pois nestas alterações as mudanças nos valores de referência são significativamente mais evidentes nestes líquidos do que no próprio sangue. Nas doenças subclínicas, os desvios dos valores normais no sangue são muito pequenas devido aos mecanismos de homeostase. Por isso é muito importante o diagnóstico mediante exames de laboratório simples no líquido ruminal, que possam ser realizados em condições de campo (GONZÁLES et al., 2000). Para (BORGES et al., 2002), a análise do fluido ruminal é de indiscutível valor no diagnóstico de enfermidades ligadas ao aparelho digestivo dos ruminantes, especialmente aquelas dos compartimentos pré-gástricos, pois a microbiota do rúmen é altamente sensível às alterações externas e internas às quais rotineiramente estão submetidos os animais. A análise do líquido ruminal pode ser realizada mediante provas e equipamentos muito mais simples e baratos, do que aqueles usados comumente nas determinações específicas do sangue (GONZÁLES et al., 2000). O exame do conteúdo ruminal costuma ser indispensável para ajudar a determinar o estado do ambiente do rúmem. A introdução de uma sonda gástrica no rúmem revela a patência do esôfago e se há aumento da pressão intra-ruminal associada a um timpanismo, espumoso ou sem gás, casos em que costumam ser liberadas grandes quantidades de gás em um minuto. No timpanismo espumoso, a extremidade ruminal da sonda pode ficar ocluída pela espuma e muito pouco ou nenhum gás ser liberado. Quando a sonda está no rumem, é possível aspirar um pouco de conteúdo ruminal ou bombeá-lo para fora e colhê-lo para análise de campo e laboratorial (RADOSTITS et al., 2002).
O presente trabalho tem como objetivo esclarecer as técnicas e parâmetros a serem avaliados no líquido ruminal, relacionando o tipo de ingesta e suas características químicas e físicas e incluindo também a