Globalização

UFRRJ – Seropédica.
Formação Histórica do Mundo Contemporâneo.
Muniz Ferreira.
Iris Rosa.

Resenha crítica referente ao capítulo 5 do livro “Globalização: as consequências humanas.”.

Compreende-se por globalização o conjunto de transformações de ordem econômica e política mundial ocorridas desde o final do século XX. Tal fenômeno tornou o mundo interligado nas esferas econômica, política, social e cultural em diversos aspectos. O liberalismo triunfante na economia global permitiu que o mercado adquire-se um caráter, chamado pelo autor Zygmunt Bauman, “flexível”. Essa flexibilidade significa dizer que as empresas tornaram-se capazes de instalar-se onde melhor lhe convir. Assim, os estado-nações preocupam-se em criar condições favoráveis para atrair as empresas de forma que os investidores tragam seu capital. Dentre as condições favoráveis que os investidores prezam estão incluídas: infraestrutura, mão de obra e segurança. Bauman trabalha no capítulo “Lei global, ordens locais” em como os governos lidam com a segurança. John Locke já dizia que o estado deve garantir o direito natural da propriedade. No sistema vigente os governos protegem os interesses privados, portanto preocupam-se em garantir a segurança dos mesmos. Partindo dessa premissa os governantes empenham-se em manter as ruas seguras, o que gerou o chamado boom penitenciário. No Brasil entre 1994 e 2009 o número de presídios mais que triplicou, passou de 511 para 1806 (segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Luiz Flávio Gomes), Bauman cita que até mesmo países onde sempre houve um baixo índice de população carcerária como a Noruega atingiu o número de 64 por 100.000 habitantes. A proposta de “reabilitação” ou “reforma moral” que as penitenciárias pregam são praticamente nulas na prática. A reclusão a qual os detentos são submetidos não os tornam homens melhores, trabalhadores. O isolamento, a exclusão do convívio social, a falta de comunicação só atribuem características