Análise do Filme: O Nome da Rosa
O filme “O nome da rosa” (cuja expressão era usada na Idade Média para denotar o infinito poder das palavras) mistura conflitos religiosos com filosóficos e tudo isso com um toque de mistério no maior estilo Sherlock Homes. O monge Franciscano, William, vai com seu discípulo até um Mosteiro na Itália para tentar desvendar uma serie de mortes sem explicação que estava ocorrendo há monges. Suspeitando dos próprios clérigos como culpados.
Ao longo do filme pode se observar uma intensa disputa de poder entre algumas vertentes da religião cristã, no que diz respeito a qual doutrina está correta. Os monges Franciscanos condenam o acumulo de bens e a riqueza, enquanto o Palácio Papal cada vez procura enriquecer mais. Ainda são descobertos como Dolcinianos surdinados dois monges. Ao contrario dos Franciscanos que apenas pregam uma Igreja humildade, os Dolcinianos acreditavam no assassinato de clérigos que defendem o acumulo de luxos e riquezas, enquanto o povo fica sem nada para si.
Outra questão muito debatida é o valor do riso. O monge ancião do monastério acredita que o riso é vulgar e faz os homens parecerem “macacos”. Que clérigos não devem rir, por não fazerem parte do povo que não está tão próximo a D’s quanto eles. E ao longo de toda a trama ele faz de tudo para impedir outros de lerem o livro de Aristóteles que fala sobre o valor positivo da comedia. Já que tal leitura poderia desvirtuar os valores que ele tanta pregava, do não riso.
Para garantir que ninguém leria a obra e sairia vivo para espalhar seu ensinamentos de uso da comédia como auto defesa através da ironia e humor , o velho monge envenenou as paginas do livro que com o contato “dedo-boca” matou vários curiosos.
Uma excelente produção da década de 80 que mostrou os conflitos da Igreja, a importância e influencia da filosofia para a humanidade e o poder de liberdade do ser humano, que através da razão consegue alcançar e enxergar alem do que lhe é imposto.