Análise do filme: O nome da rosa
Antes do século XIII, as obras de Aristóteles eram desconhecidas pelos povos do ocidente. Até então o estudo de suas obras eram proibidas, pois suas teses se posicionavam contra as doutrinas da igreja. Defendia a mortalidade da alma e questionava a criação do mundo através de Deus, fazendo com que muitos teólogos medievais ficassem contra suas teses.
Diante disso, a partir do século XIII, as obras de Aristóteles foram levadas pelos árabes para o ocidente e as proibições que antes existiam, foram sendo esquecidas. Suas obras aos poucos começaram a ser estudadas nas universidades.
O autor afirma: “As proibições oficiais, então transformam-se em letra morta e caem no esquecimento”. (Jan Ter Reegen,2004, p.289).
A filosofia de Aristóteles era considerada obscura para alguns, mas a partir do momento em que essas obras foram estudadas com mais intensidade, ele passou a ser considerado um filósofo por excelência. Com seu caráter racionalista, Aristóteles sempre se posicionava contra o que muitos defendiam por isso sua filosofia foi mal interpretada. A filosofia de Aristóteles também foi considerada inútil aos fiéis, pelo fato dele não ter fé. Tomas de Aquino afirmou que “Sem a fé não há salvação para o homem”. Sobre a maçã que Aristóteles segurava na hora da sua morte, ficou claro que ele tinha a crença de que a maçã o fortalecia, acentuando sua falta de fé em Deus.
Segundo estudiosos, Aristóteles nasceu antes de cristo e não foi culpado por Tomás de Aquino pela sua falta de fé. Boaventura analisou as obras de Aristóteles, mas nunca se posicionou contra ele, apenas não concordou com o pensamento de Aristóteles que era contra a igreja. Não podemos esquecer que Aristóteles não era contra a imortalidade da alma, nem da afirmação de que o mundo foi criado por Deus. Mas o desejo dele era que as pessoas questionassem e investigassem a veracidade