Análise do filme O homem do ano
O Homem do ano é um drama de 2003, dirigido por José Henrique Fonseca, baseado no romance O Matador, de Patrícia Melo, adaptado para o cinema por Rubem Fonseca. O elenco é formado por: Murilo Benício, Cláudia Abreu, Natália Lage. O filme foi rodado e se passa todo na cidade do Rio de Janeiro, em Nilópolis, na região metropolitana.
Os cenários são todos muito simples, há cenas em bares, ruas, casas pequenas, e algumas cenas em ambientes um pouco mais requintados, como a casa do dentista. Os figurinos também são bastante simples, e roupas inclusive em péssimo estado de conservação. Os personagens são pobres, moram na periferia e tem uma realidade bastante dura. A trilha sonora é de Dado Villa Lobos, com músicas brasileiras e instrumentais de suspense. Maiquel é um rapaz suburbano, sem conquistas, sem muitas perspectivas, baixa auto-estima, pouca instrução, agressivo. O filme conta uma história de ascensão através da violência. São tramas que acontecem dentro da realidade suburbana e marginalizada de qualquer grande cidade. Sujeitos com repertório verbal, cultural e social bastante curtos, com a vida banalizada, com grandes dificuldades para sobreviver que se enfrentam por motivos também banais. O título do filme faz uma relação com o status ao qual o personagem principal foi alçado. Matou um bandido da região e isso foi tido como um grande feito, mérito. Imediatamente, a população local o parabeniza e presenteia por ter eliminado da redondeza um bandido. O sujeito Suel, morto por Maiquel roubava e atrapalhava inclusive a polícia. Suel, em certa noite, ofende Maiquel assim que ele entra no bar com a nova cor dos cabelos, fruto de uma aposta no futebol. Instala-se o conflito. Na manhã seguinte, ocorre o crime. O título ilustra o grau do reforço que o indivíduo recebeu por seu padrão de comportamento.
O personagem enxerga na criminalidade uma possibilidade de ascensão, visibilidade e ocasião de dar sentido a sua existência. As