Análise do filme "O Brilho eterno de uma mente sem lembrança"

Teoria da Comunicação
Análise do filme “O Brilho Eterno de uma mente sem Lembrança”

Primeiramente é muito difícil definir o gênero de “O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembrança”, de direção de Michel Gondry e roteiro de Charlie Kaufman - que dá esse toque de fantasia tão real no filme - pois mesmo se tratando preponderantemente de um drama, não deixa de ser uma ficção científica e com bons trechos de comédia. Se existisse, seria uma Comédia dramática ficcional, mas tirando todos esses rótulos que sempre tentamos dar aos filmes, poderíamos dizer que se trata puramente de uma história de amor. Esse amor que é justamente a grande mensagem do filme.

Para entendermos melhor como o filme nos passou essa mensagem, podemos dividi-lo em cinco partes. Primeiro a Exposição, que se dá desde a primeira cena de Joel
(Jim Carrey) acordando , passando pelo encontro dele com Clementine (Kate Winslet), até então desconhecida, para o corte de três dias antes do dia dos namorados, quando começa o desenrolar da história. Essa parte não nos revela muito do filme, afinal nenhum
“problema” ainda surgiu na trama. Logo em seguida podemos observar a segunda parte que se trata da Intensificação, que começa logo após o fim da primeira parte com o corte até a decisão, ou melhor, o início do processo de também apagar Clementine da sua memória. Nesse momento o autor já cria para nós um conflito pois pela combinação das cenas e a cronologia, a segunda parte não tem ligação visível com a primeira. Porém logo em seguida começa a terceira parte, o Auge, que transcorre desde o fim da segunda parte até Joel acordar novamente. Essa parte é literalmente o auge do filme, pois é nela que a alternância de cenas e de tempos se inicia de forma bastante clara. Nos vemos dentro da mente de Joel, assistindo a sua jornada contra o processo de apagar seu grande amor. Depois dessa jornada dramática e até bem humorada começa a quarta parte, o Declínio, e então percebemos mais uma