Sociedade do Esquecimento
Disciplina: Estudos de Teoria Literária I
Aluna: Isabela de Amorim Corrêa
Sociedade do Esquecimento
Jaques Derrida, em seu texto “Cogito et histoire de La folie”, cunhou pela primeira vez o termo Différance. Uma corruptela da palavra francesa Difference, o neologismo visa apresentar uma nova ideia sobre as palavras e seus significados, subvertendo a ideia logocêntrica. Logo, o filósofo propõe que o significado é sempre maior que a palavra que o tenta definir. Nenhuma palavra, portanto, pode encerrar um significado de forma imutável. Seguindo os pensamentos de Jacqes Derrida, foi feita uma breve análise do filme “Brilho Eterno de Uma mente sem lembranças”, película lançada em 2004 e dirigida por Michel Gondry. Num filme que fala sobre um casal separado, onde o homem resolve apagar as memórias de sua amada através de um procedimento “cirúrgico”, mas se arrepende e entra numa corrida contra o tempo para manter as lembranças desse relacionamento. Pudemos perceber o que há por trás do amor e da importância dada à memória, as lembranças. Como isso pode ser visto hoje, em meio à nossa sociedade?
Em verdade, talvez nenhuma outra palavra defina tão bem os pensamentos de Derrida. Se o mesmo diz que o sentido completo de uma palavra é postergado, não existindo uma palavra com significado absoluto e imutável, o termo amor é a melhor exemplificação para isso. Não há como encerrarmos o termo amor em um sentido único e limitado, visto que um sentimento tão complexo recusa essas limitações. Inclusive, o amor vem ampliando seu significando e assumindo novos sentidos no mundo de hoje. A quebra de preconceitos e paradigmas tem aberto uma nova visão sobre o amor. Num caminho onde os conceitos são mais amplos do que as palavras que parecem os definir, onde há uma luta constante para rasgar rótulos, o amor pode ser a maior barreira. Afinal, o conceito de amor do século passado não é o mesmo que o deste em que vivemos.
Mas esse “amor” moderno