análise do filme "a onda"
O filme retrata a história de um grupo de alunos que durante uma semana terão aulas sobre o tema da autocracia. O professor na primeira aula pergunta aos jovens se seria possível um regime como o nazismo alemão ocorrer de novo, e todos eles veementes respondem que não seria possível. Deste modo o professor inicia uma espécie de experimento, para provar e mostrar aos seus alunos que eles estavam errados quanto as suas opiniões.
Logo todos da classe se vestiam igual, faziam um cumprimento, uma saudação que os caracterizava, reprimiam os que não eram adeptos aos seus "ideais" e seguiam tudo que o professor, que era o líder, falava.
Aos poucos, em uma semana, aquilo que antes era uma sala de aula, se torna uma especíe de regime autoritário que aceita todos aqueles que aderem seus ideias e repudia todos que vão contra. Provando mais uma vez que os seres humanos são suscetíveis a tudo aquilo que aparentemente os torna iguais sem questionar os meios e consequencias dessa escolha.
Ao mesmo tempo, o filme mostra como uma pessoa desequilibrada psicologicamente e excluída ao se chocar com uma ideologia que o integrava a um todo, se fez feliz por não estar mais sozinho, mas quando esse regime acaba, sofre de um colapso nervoso e surta por não querer que tudo que ele sempre quis acabe. E quando percebe que não será mais possível a existência da "onda", se mata.
O filme me chocou e ao mesmo tempo me mostrou uma realidade que achava que já havia deixado para trás. A adolescência, por ser um período em que os jovens não estão formados por completo como pessoas, é uma fase em que estes são suscetíveis e facilmente manipulados por outros com ideais mais consisos e coerentes. É uma fase em que os jovens querem se sentir aceitos e parte de um todo, em que ser diferente é ruim, e aderir a um padrão é bom.
A fase da adolescência, creio eu, é a fase em que os seres humanos se sentem mais pressionados pela sociedade em relação aos padrões e normas por ela