Análise do filme "A Onda"
A análise do filme “A Onda”, de Christian Becker, nos traz inúmeras questões políticas que influem radicalmente no modo de pensar e viver da sociedade. Entre elas, a possibilidade de se reviver o Totalitarismo alemão do século XX. Para isso, um professor de colegial procura averiguar tal possibilidade em uma classe de alunos adolescentes alemães.
Com base nos resultados do experimento, podemos associar o que ocorreu com inúmeras teorias políticas, das quais a questão dos significados de Poder, Soberano, Estado e Sociedade Civil se destacam. Para tais associações utilizaremos como base estudos de Nicolau Maquiavel e Thomas Hobbes, além de definições do Dicionário de Política¹.
Sendo assim, será averiguado o papel do líder (professor), se sua liderança (Poder exercido) foi interesse de todos ou apenas individual – baseado no amour-propre–, se suas atitudes foram feitas visando o bem-comum de seu grupo, podendo ser consideradas “honrosas” ou não, entre outros aspectos.
ANÁLISE
O filme “A Onda” retrata a experiência promovida pelo professor de uma escola alemã, a fim de que seus alunos experimentassem um regime pró-totalitarista e entendessem na prática como ele é formado e o que é necessário para transformar o povo unido em apoiadores de um sistema opressor e fascista.
A experiência se inicia quando o professor Wenger aplica seu plano pedagógico em sala de aula, estabelecendo os pilares da autocracia. Ele faz pequenas mudanças no ambiente escolar de seus alunos como ordenar as carteiras em filas, exigir que os alunos peçam permissão e fiquem em pé para falar, além de implantar o uso de uniformes e nomear o grupo de “A Onda”. Os personagens reagem diversamente à implementação da autocracia: o professor representa o grande líder; a personagem Karo faz a oposição ao regime; Tim é a personagem mais atingida pelo sistema, uma vez que era um garoto excluído e vê em “A Onda” a possibilidade de se inserir em um grupo; etc.
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