Análise do filme "A ONDA"
Leandro Travassos – Jornalista formado pela UFRN
A história
O filme “A onda” tem uma referência factual que se reporta a acontecimentos verificados em 1967 numa escola secundária de Palo Alto, Califórnia (EUA). "The wave" (A onda) descreve a experiência pedagógica – de uma inusitada radicalidade – levada a cabo por um professor de História que propõe que se reproduzam, em contexto de sala de aula, as técnicas da propaganda fascista. Proclamando-se líder do movimento que denomina de "A onda", o professor exorta à disciplina e faz valer o poder do grupo sobre os indivíduos, recorrendo aos rituais e iconografia das formações totalitárias. Os estudantes obedecem cegamente. A escola inteira é envolvida no fanatismo apologético d’A onda, até que um casal de alunos mais consciente chama a atenção do professor para a perda do controle da experiência pedagógica que já passou para o domínio da realidade quotidiana da comunidade escolar. Análise
Vivemos atualmente num tempo em que a manipulação das massas é vista é maior ou menor grau. Mas isso não é de hoje. Essa prática também não foi abolida com os regimes totalitários. Ela se faz presente nos nossos dias nos mais variados tipos de discursos, sejam eles midiáticos ou políticos. Diariamente somos expostos as mais diversas fontes e correntes ideológicas que nos tentam convencer de “suas verdades” seja para apoiar uma forma de atuar – e condenar outra; ou para apoiar uma idéia em detrimento de outra.
No ateremos agora em algumas partes importantes do filme para entendermos alguns conceitos estudados em sala de aula.
O filme nos remete a alguns pontos de reflexão como: (1) o nazi-fascismo como ideologia política totalitária; (2) a psicologia de massas e a servidão voluntária dos indivíduos a
um líder, grupo ou causa mítica; (3) a propaganda política e ideológica [1] que são ingredientes idéias para a propagação de ideologias autoritárias.
A questão da ideologia é dos