Análise de taludes

1. Introdução
No ramo da engenharia geotécnica, saber averiguar a estabilidade de taludes em diferentes tipos de obras geotécnicas, sob diferentes condições de solicitação é fundamental para possibilitar a execução de projetos econômicos e seguros. Seguindo esse preceito, o presente trabalho tem como objetivo a análise da estabilidade de taludes através do uso da ferramenta computacional SLIDE©. Nesse estudo foram determinados o fator de segurança e a respectiva superfície crítica de um talude, variando as características de drenagem e superfície de rotura. Para análise de estabilidade global do talude em estudo, foi utilizado o método de Bishop Simplificado (1955) baseado no princípio de equilíbrio limite. A geometria do talude, características do solo, nível do lençol freático e sobrecarga aplicada foram definidos inicialmente pelo docente da disciplina.

2. Análise de Estabilidade de Taludes
A análise de estabilidade de taludes pode ser dividida em dois problemas, sendo o primeiro o cálculo do fator de segurança para uma superfície determinada e, o segundo a determinação da superfície de rotura crítica. O talude em estudo é composto por três tipos de solos: um arenoso e dois argilosos. Além disso, o talude está carregado com uma sobrecarga de 30kN/m² que torna ainda mais desfavorável a situação.
Em primeiro lugar, considera-se o talude não drenado, ou seja, a análise é feita em termos de tensões totais e utilizando os parâmetros cu, φ. Em seguida, considera-se o talude drenado, com base em tensões efetivas e parâmetros c’, φ’. Para cada uma dessas situações varia-se o tipo de superfície de rotura (circular e planar). Na tabela a seguir, apresentam-se os parâmetros utilizados em cada análise:

Não Drenado
Drenado

Cu φu C' φ' Solo 1 (arenoso)
1*
0
1*
34
Solo 2 (argiloso)
35
0
12
24
Solo 3 (argiloso)
40
0
20
29
* O Cu real possui valor zero, entretanto para efeito de cálculos no programa admitiu-se como 1.
Neste ponto pretende-se