Análise das transformações no trabalho da enfermeira

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O mercado de trabalho pode ser entendido como [...]uma rede de relações e de intercâmbios, onde a outros somos equiparados e sobre os quais vemos conferidos certos direitos, em troca de certos deveres[...] (GORZ, 2007) ou como o equilíbrio entre a demanda e a oferta da força de trabalho em troca de um preço determinado, o salário . Deste modo, o mercado de trabalho é um lugar onde se processam relações entre os próprios trabalhadores e entre estes e seus empregadores, com a finalidade da compra e venda da força de trabalho.
Estudos realizados em 2009 demonstram que o mercado de trabalho em saúde empregou 4,3% da população ocupada no Brasil, o que representou 3,9 milhões de postos de trabalho, sendo 2,6 milhões de vínculos formais, 690 mil de vínculos informais e 611 mil profissionais autônomos. Entre os anos de 1992 e 2005 as principais transformações ocorridas no mercado de trabalho em saúde no Brasil são a expansão da capacidade instalada, a municipalização dos empregos, a ambulatorização dos atendimentos, a maior qualificação da equipe, a feminilização da força de trabalho e a flexibilidade dos vínculos (MACHADO, OLIVEIRA, MOYSES, 2011).
Outro atributo do mercado de trabalho em saúde é que o número de profissionais já é regulado pelas corporações profissionais desde antes do seu ingresso no mercado, na tentativa de equilibrar a oferta da mão-de-obra. Esse tipo de regulação é bem observado para a categoria profissional médico, com o objetivo de evitar a formação do exército de reserva, que é o contingente de trabalhadores que não conseguem colocação no mercado (MARX, 1996).
No que se refere à categoria enfermeira, não existe, por parte da corporação a regulação da entrada de profissionais no mercado, o que pode ser notado pelo aumento do número de escolas, que entre 1991 e2007, passam de 106 para 635 organizações. O mesmo se observa quanto ao número de concluintes, que em 1991 era de 3.434, passando para 32.616 em 2007, portanto um aumento de 950% no

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