Análise crítica

Análise crítica
Contendo um bom embasamento constituído de dados e pesquisas de importantes cientistas como Roger Revelle e Lonnie Thompson, Al Gore expõem o fato do efeito estufa de maneira clara e objetiva, ao passo que procura afastar a dúvida, estabelecida pelos céticos, sobre a questão. Assim, Gore quebra, de forma singela, seu lado político sério e se mostra carismático com o público, tentando se posicionar diante da plateia não como um detentor da verdade, mas como alguém, no meio da multidão, buscando o conhecimento para amenizar as consequências drásticas que estão e que ainda virão a ocorrer devido ao aquecimento global.
Desse modo, o documentário tem, pois, como objetivo esclarecer e alertar um número faraônico de pessoas, mesmo que alguns indivíduos duvidem e acabem pensando que, por ser um político falando, a Obra possa ser mais uma arma para adquirir aliados para uma futura candidatura. Um fator afirmativo disso é que o ex-vice-presidente foi convencido a fazer essa produção. Convencido, pois essa não era a intenção de Al Gore, contudo se viu vencido pela necessidade de esclarecer e exibir a humanidade o que vem ocorrendo.
Apesar de Gore abrir alguns parênteses durante o filme para falar de sua vida pessoal como o acidente de seu filho, a morte de sua amiga e a derrota na eleição de 2000, o foco não é diluído porque ele tenta retirar dessas experiências algo que explique ou então que simplesmente revele o modo das pessoas agirem diante desse fenômeno climático. Destarte, ao discursar sobre a política exibe a “forma seca” como esse assunto é tratado nesse recinto, pois, na maioria das vezes, é o dinheiro e o benefício próprio objetivado pelos políticos, deixando as questões ambientais em segundo, ou então, em terceiro plano.
Entretanto, é importante salientar que a questão do aquecimento global é muito polêmica, não só entre os leigos, mas entre os próprios cientistas que estudam o tema. Sendo assim, é complexo demais dizer com exatidão a