Análise critica
O filme retrata a história de uma jovem de 14 anos, chamada Celie que era violentada pelo pai, e se tornou mãe de duas crianças. Além de ser separada dos filhos, Celie também é separada da pessoa que ela mais ama, a sua irmã sendo doada a Mister que a tratava com violência, como mulher e escrava. A forma brutal e desumana como Mister tratava Celie, era decorrente de uma paixão frustada por Shug Avery, uma sensual cantora de blues.
Na maior parte do filme Celie ampara-se na sua fé em Deus para superar todos os seu problemas, sendo uma característica do senso religioso que é uma parte fundamental da crença religiosa, a fé em que essa explicação sobrenatural proporciona ao homem uma garantia de salvação, bem como prescreve maneiras ou técnicas de obter e conservar essa garantia, que são os ritos, os sacramentos e as orações.
A cor púrpura nos choca mostrando a situação dos afrodescendentes nos Estados Unidos naquela época, onde o preconceito, os abusos sexuais, e o desrespeito dentro da própria família eram frequentes, numa época em que ainda era possível respirar os resquícios e cicatrizes da escravidão. Nessa concepção de inferioridade da raça negra, o filme retrata uma organização social e econômica social, onde os negros tinham que respeitar os brancos, obedecê-los com subserviência.
Neste cenário, chama atenção a personagem Sofia, esposa do filho de Mister, que era uma mulher com o gênio forte, que se rebelava contra a opressão do marido e que acabou sendo presa por não aceitar ser empregada da mulher do prefeito. Após muitos anos, Sofia foi libertada da cadeia e foi obrigada a servir a mulher do prefeito, que era branca.
A capacidade de resistência demonstrada por Sofia influenciou e deu força para que Celie enfrentasse as amarguras e humilhações de sua vida, fortalecendo ainda mais sua fé em Deus e sua esperança de transformar sua vida solitária.
Nessa solidão, Celie compartilha sua tristeza escrevendo cartas para sua irmã,